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BBAS3: Banco do Brasil lucra mais de R$ 9 bilhões no 3T24

No terceiro trimestre de 2024, o Banco do Brasil (BBAS3) apresentou um desempenho robusto, demonstrando força em várias frentes. Vamos aos destaques:

Captação Recorde e Base de Depósitos Sólida

Com um saldo de depósitos recorde em R$ 874 bilhões, o banco captou cerca de R$ 9 bilhões em poupança nos últimos 12 meses. Esse montante com baixo custo é estratégico, ajudando a sustentar a rentabilidade do banco mesmo sendo uma instituição estatal.

Crescimento na Carteira de Crédito

Houve uma expansão de 13% na carteira de crédito, impulsionada pelos segmentos de crédito consignado, agronegócio e pessoas jurídicas. Vale destacar o agronegócio, que mantém níveis mais baixos de inadimplência e representa um terço da carteira do banco. No entanto, com o aumento da inadimplência, o banco reforçou seu provisionamento, elevando em R$ 2,4 bilhões em relação ao trimestre anterior.

Provisões

O Banco do Brasil revisou seu guidance para provisões, que aumentaram para uma faixa entre R$ 31 e R$ 34 bilhões. Já o crescimento anual de despesas foi ajustado para uma faixa menor, entre 5% e 7%, mostrando controle de custos.

Indicadores Financeiros e Rentabilidade

O Banco do Brasil encerrou o trimestre com um índice de capital principal (CET1 ratio) de 11,8%, mostrando solidez. O lucro líquido ajustado atingiu R$ 9,5 bilhões, com ROE (retorno sobre o patrimônio) de 21,1%, próximo ao Itaú e ainda impressionante para um banco público. No preço atual de R$ 25,25 por ação, o BBAS3 projeta um dividend yield atrativo de 11,5% anualizado.

Expansão e Lucratividade nos Serviços

A receita com serviços foi de R$ 9,1 bilhões, um crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. Um destaque foi a administração de fundos, que teve um aumento de 14,2%, somando R$ 2,5 bilhões. A margem financeira também apresentou um desempenho positivo, principalmente pela captação institucional, que avançou 10,9% em um ano.

Crescimento de Ativos e Patrimônio

Com um total de R$ 2,47 trilhões em ativos e R$ 187,4 bilhões em patrimônio líquido, o Banco do Brasil registrou crescimento de quase 10% em relação ao ano passado.

Principais indicadores da BBAS3:

  • ROE: 19,54%
  • Preço: R$ 25,27
  • Preço/Lucro: 4,26
  • Dividend Yield: 9,70%
  • Índice de Basileia: 15,7%

Conclusão

O Banco do Brasil continua a ser uma opção interessante para quem busca estabilidade e dividendos atrativos no setor bancário. Com um crescimento sólido da carteira de crédito e uma captação barata na poupança, o banco se beneficia de uma base de clientes ampla e de seu papel no agronegócio, reduzindo o impacto da inadimplência. Mesmo sendo estatal, o Banco do Brasil mostra uma capacidade de gestão competitiva e oferece um dividend yield que pode ser atrativo para investidores que buscam renda passiva. Fica, no entanto, o alerta para a inadimplência e para os ajustes na provisão que devem ser monitorados no próximo ano.

FAQ – BBAS3: Banco do Brasil lucra mais de R$ 9 bilhões no 3T24

  1. Quais foram os principais resultados do Banco do Brasil no terceiro trimestre?
    O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no terceiro trimestre, marcando um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão da carteira de crédito, que cresceu 13%, e pelo aumento dos depósitos, que chegaram a R$ 874 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco ficou em 21,1%, uma margem impressionante para uma instituição desse porte.
  2. Como está a carteira de crédito do Banco do Brasil e quais são os principais setores?
    A carteira de crédito do Banco do Brasil expandiu 13% em comparação anual, alcançando R$ 1,205 trilhão. Os setores com maior crescimento foram o agronegócio e a pessoa jurídica, que registraram aumentos de 13,7% e 13,5%, respectivamente. Aproximadamente um terço da carteira é direcionada ao agronegócio, um setor com histórico de inadimplência mais baixo, o que ajuda a fortalecer a estabilidade do banco.
  3. Qual é o nível de inadimplência do Banco do Brasil e como isso impacta o banco?
    A taxa de inadimplência do Banco do Brasil aumentou para 3,3% em setembro, um crescimento de 0,53 ponto percentual em um ano. Esse aumento de inadimplência impacta o índice de cobertura, pois a instituição precisou reforçar suas provisões em R$ 2,4 bilhões. Ainda assim, o banco manteve a solidez dos resultados.
  4. O que esperar das provisões e das despesas do Banco do Brasil para 2024?
    O Banco do Brasil revisou o guidance de 2024 em duas áreas: as provisões deverão aumentar em cerca de R$ 3 bilhões, alcançando a faixa de R$ 31 a 34 bilhões; e o crescimento das despesas será reduzido em 1 ponto percentual, com previsão agora entre 5% e 7%.
  5. Vale a pena investir em BBAS3?
    Com um dividend yield estimado em 11,2% e um ROE elevado de 21,1%, BBAS3 se destaca como uma opção atraente para investidores que buscam solidez e retornos consistentes. Além disso, o banco mantém uma estrutura de capital robusta e um histórico de crescimento na carteira de crédito. No entanto, a concentração no agronegócio e o aumento da inadimplência são pontos de atenção.

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